Ensinar e aprender

Muitas vezes quando imaginamos uma sala de aula, pensamos no professor na frente da sala e os alunos, pronto para escutar o que o mestre tem a dizer. E por muitas vezes, quando imaginamos como saber se estes alunos realmente estão aprendendo, pensamos em único sistema de avaliação, a prova.

É certo que a configuração de uma sala de aula se dá por este modo, professor à frente e alunos, mas será que é certo pensar que somente o professor tem a oferecer? Ignorar totalmente a vivencia e o conhecimento anterior que os alunos possuem, é um equivoco que pode ser cometido por alguns profissionais desta área.  Muitas disciplinas da psicologia do desenvolvimento, assim como na pedagogia, defendem que os indivíduos apreendem de diversas formas, como por exemplo, aprendizados que são adquiridos por meio de convivências, pela cultura, senso comum, entre outros e, portanto possuem informações de categorias diferenciadas. Deste modo, pode-se pensar que o professor não está em sala de aula somente para a mera transmissão de conhecimento e sim para mediar informações. É certo que está “transmissão” não chegará do mesmo modo para todos os alunos, pois a diversidade dentro de uma sala de aula com 30, 40 alunos é muito grande. O papel do professor vai além de passar conhecimentos, o professor precisa ter em mente que os estudantes não são tábulas rasas a ser preenchidas e modelas pela primeira vez. Creio que o professor é um mediador de conhecimento, filtrar informações e oferecer aos alunos perspectivas novas.

Portanto, deve-se pensar no ensino não só como transmissão de conhecimento, pois o professor participa ativamente da formação dos estudantes que tutela, e é importante que este tenha consciência do que ensina, para quem ensina e do por quê ensinar. Tendo sempre um olhar critico sobre seus próprios métodos e técnicas, e além disso, mediar e desenvolver capacidades cognitivas, afetivas, interpessoais entre os alunos, pois é entre essas relações entre aluno – aluno, aluno – professor, que o conhecimento se torna possível.

 

Paula Calazães,                                     CEM 01 – Paranoá.